· Autor: Ariano Suassuna
· Páginas: 153
· Editora: José Olympio
Acho que a encenação da peça teatral seria legal. Já a leitura, não posso dizer o mesmo!
A história é dividida em Três atos. Meu histórico de Leitura, respectivamente: Não gostei, gostei, não gostei definitivamente.
Eudoro Vicente manda uma carta a Euricao dizendo que lhe pedirá o seu bem mais precioso. Imediatamente, Euricao interpreta esse “bem mais precioso” como sendo: dinheiro. Achando que Eudoro vai lhe pedir dinheiro emprestado, ele fica preocupado. E começa a dizer: "Ai a crise, ai a carestia". (Ele repete essa frase varias vezes). Como é muito avarento, não quer emprestar, e não quer que ninguém descubra o dinheiro que está guardado dentro da sua porca de madeira.
A verdade é que, Eudoro não quer pedir dinheiro emprestado. Quando ele diz “o bem mais precioso” ele está se referindo a Margarida, filha de Euricao. Eudoro quer pedir a Euricao, Margariada em casamento. Só que Euricao entende tudo errado.
Pontos positivos: Achei genial e criativa a parte em que acontece vários mal entendidos sobre o casamento. Fulano quer casar com ciclana, e Beltrana acha que fulano não gosta de Ciclana, e, sim dela mesma, sendo que fulano não gosta de Beltrana e etc... Viu a confusão? Achei uma idéia genial de Suassuna, e ótima a forma dele escrever, de modo que não confunde a cabeça do Leitor. Fulano, Ciclana e Beltrano. Esses nomes não existem na história, eu coloquei assim, só para dar a ideia da confusão, mal entendido no qual os personagens da história se encontravam.
Pontos negativos: Achei muito exagerada a avareza de Euricao, e o apego que ele tem pela porca de madeira onde está guardado o seu dinheiro. Outro exagero, é a devoção que Euricao tem pelo Santo Antônio. Dá para logo notar esses exageros pela seguinte frase (pode até dizer bordão): “Ai a crise, ai a carestia! Santo Antônio me proteja”, que aparece o tempo todo na história; o que eu detestei.
Acho que se eu assistisse a peça teatral, acharia legal, e, para ela, daria três estrelas. Mas, quanto à leitura do livro (no geral), sinceramente, não gostei!